Ter conhecimento sobre finanças pessoais é fundamental para alcançar seus objetivos financeiros e ter sucesso na vida financeira.
Esse conceito abrange todas as práticas necessárias para administrar seu orçamento, economizar dinheiro, utilizar o crédito de forma consciente, investir e outras ações que contribuem para manter sua situação financeira em equilíbrio.
Nos próximos tópicos, vamos explicar o significado das finanças pessoais e como você pode aplicá-las para desenvolver uma relação mais saudável com seu dinheiro.
O que é finanças pessoais?
Finanças pessoais se trata do estudo e prática de aplicações que contribuem para a gestão dos gastos de uma pessoa ou mesmo de um grupo familiar.
Esses gastos podem ser classificados em:
- Essenciais: como moradia, alimentação, transporte, saúde e educação;
- Desejos pessoais: relacionados a gastos supérfluos, como roupas e celulares da moda, entre outros;
- Investimentos ou pagamento de dívidas: destinados a atingir objetivos financeiros.
Dessa forma, gerenciando os gastos e adquirindo conhecimento sobre finanças pessoais, é possível conquistar a estabilidade financeira.
Qual o conceito de finanças pessoais?
As finanças pessoais são um conceito que abrange todas as atividades relacionadas a dinheiro e tomada de decisões financeiras de indivíduos e famílias.
Esse conceito pode se referir à disciplina que estuda os conceitos de organização financeira pessoal, bem como à indústria que oferece soluções para controlar as finanças.
Em suma, as finanças pessoais englobam o orçamento doméstico, planejamento de gastos, investimentos, uso do crédito, planejamento da aposentadoria e outras questões que determinam sua relação com o dinheiro.
Além disso, a educação financeira, o planejamento tributário pessoal e o relacionamento com instituições financeiras como bancos, corretoras de investimentos e fintechs também fazem parte desse conceito.
Todas as atividades relacionadas a dinheiro e patrimônio na vida pessoal estão dentro do escopo das finanças pessoais.
Portanto, é essencial aprofundar-se nesse conceito para gerenciar melhor seus recursos e alcançar objetivos, como aquisição de bens, prosperidade e independência financeira.
Para que serve a gestão de finanças pessoais?
De acordo com um estudo realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), cerca de 48% dos brasileiros não utilizam nenhum método para gerenciar seu próprio orçamento.
Além disso, em novembro de 2022, o percentual de famílias endividadas foi de 78,9%, conforme a pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Em resumo, um dos principais problemas que afetam a vida financeira da população brasileira é a falta de cuidado com as finanças.
O objetivo da gestão das finanças pessoais é organizar a vida financeira, o que pode aumentar o bem-estar do indivíduo.
Isso porque o importante não é o quanto se ganha, mas como se lida com o dinheiro. Ao se preocupar com o gerenciamento das despesas e receitas, é possível evitar problemas financeiros futuros.
Portanto, se você nunca se preocupou com esse assunto antes e decidiu começar a estudar agora, saiba que não importa sua atual situação financeira, nunca é tarde para mudar.
10 dicas para cuidar bem das finanças pessoais
Agora que você compreendeu o conceito de finanças pessoais, podemos apresentar algumas dicas importantes que ajudarão você na sua jornada de gestão financeira.
Confira as principais:
1. Controle suas receitas e despesas
O primeiro passo para incorporar o conceito de finanças pessoais em sua rotina é estabelecer um método para controlar suas receitas e despesas.
Isso é crucial para gerenciar seu dinheiro, pois você precisa de um diagnóstico preciso de suas movimentações financeiras para criar um orçamento.
Recomendamos o uso de uma planilha de gastos mensais para controle financeiro pessoal, que já vem com todas as ferramentas necessárias para registrar tudo o que entra e sai de sua conta todos os meses.
2. Crie seu orçamento
Depois de saber exatamente quais são suas receitas e despesas, você já pode elaborar um orçamento pessoal, que é basicamente uma estimativa de ganhos e gastos que ajuda você a ter um planejamento financeiro.
Nós já apresentamos várias estratégias para controle de orçamento aqui no blog, como o método dos potes e o método 50-30-20.
O objetivo é distribuir sua renda mensal de forma que você possa cobrir suas despesas essenciais (como aluguel, contas, plano de saúde, etc).
Tenha dinheiro para despesas variáveis (lazer, delivery, imprevistos, etc.), e ainda consiga poupar e investir uma porcentagem significativa (entre 5% e 20% de sua renda mensal).
Quer aprender a organizar suas finanças de uma vez por todas? Confira o vídeo abaixo com dicas de organização financeira:
3. Elimine suas dívidas
Se você possui dívidas atrasadas, elas devem ser sua prioridade na organização das finanças pessoais. Isso porque o endividamento é sinônimo de prejuízo contínuo com os juros compostos, e a situação pode se agravar e se transformar em uma bola de neve facilmente.
Por isso, some tudo o que você deve e procure formas de negociar com seus credores — se nada der certo, um empréstimo pessoal para quitar tudo de uma vez e reduzir os juros pode ser uma saída.
4. Tenha uma reserva de emergência
A reserva de emergência é um valor poupado especificamente para imprevistos, que pode ser crucial para a sua saúde financeira. Ela deve ser proporcional aos riscos aos quais você está exposto, dependendo da sua ocupação e fonte de renda.
Por exemplo, um autônomo tem uma profissão mais instável e deve guardar dinheiro suficiente para cobrir suas despesas por cerca de 12 meses, enquanto um funcionário público com estabilidade pode ter uma reserva para 6 meses.
5. Use o crédito com sabedoria
O crédito é uma ferramenta importante para aproveitar oportunidades quando você não tem o dinheiro disponível, mas pode se tornar um problema quando usado de maneira inadequada.
O maior risco é se endividar e acabar recorrendo às linhas de crédito mais caras do mercado, como o famoso crédito rotativo, que pode cobrar juros de mais de 300% ao ano.
Por isso, é importante saber como usar seu cartão de crédito e planejar bem antes de solicitar um empréstimo ou contratar um financiamento.
6. Pense no futuro e resista às tentações
O maior erro de quem não entende o conceito de finanças pessoais é ceder aos desejos imediatos e compras impulsivas.
Para ter uma vida financeira equilibrada, você precisa aprender a controlar o consumismo e pensar no futuro. Se você gastar tudo o que tem hoje, nunca conseguirá construir patrimônio e alcançar seus objetivos.
Comece devagar, guardando pelo menos 5% da sua renda, e vá aumentando até conseguir poupar 20% do que você ganha para metas como comprar uma casa, fazer uma viagem ou se aposentar com tranquilidade.
É claro que esses números são apenas sugestões. O importante é adaptar a porcentagem à sua realidade financeira e poupar sempre, mesmo que seja uma quantia pequena por mês.
7. Comece a investir
Aprender a investir é outra lição fundamental das finanças pessoais, pois, quando você investe seu dinheiro, consegue multiplicar seu patrimônio e fazer os juros trabalharem a seu favor.
Comece aplicando sua reserva de emergência em um produto de renda fixa como o CDB para ter um retorno acima da poupança, e vá estudando o mercado financeiro para encontrar opções com maior rentabilidade.
8. Reveja seus hábitos
Algumas famílias têm o costume de frequentar restaurantes, cinemas, shoppings e outras atividades de lazer.
Essas atividades não são prejudiciais em si mesmas, mas se você deseja melhorar sua situação financeira, provavelmente precisará mudar alguns comportamentos.
Essa mudança será um passo importante, pois muitas das nossas decisões financeiras são baseadas em hábitos ruins, não apenas nossos, mas também de nossa família.
Por isso, é essencial comunicar aos seus familiares a importância de revisar os hábitos e fazer as mudanças necessárias para alcançar determinados objetivos.
Quando toda a família caminha na mesma direção, fica muito mais fácil se apoiar mutuamente.
9. Evite dívidas e tente comprar sempre à vista
Tente renegociar as condições com o credor e priorize quitar as dívidas com juros mais altos. Evite fazer compras no cartão de crédito para não ficar preso aos juros.
Prefira sempre comprar à vista, já que você pode conseguir um desconto e economizar o valor das parcelas que se acumulariam ao longo dos meses.
Se precisar usar o cartão de crédito ou fazer um empréstimo, pesquise e entenda as condições, juros, taxas e o Custo Efetivo Total (CET) da operação.
10. Verifique sempre como está sendo o seu desempenho
Não se esqueça de acompanhar seu progresso financeiro a cada mês! Revise suas finanças pessoais para garantir que estejam de acordo com o planejado. Se houver algo errado, faça uma avaliação e identifique onde é necessário mudar.
Essa estratégia não só ajuda a manter as finanças organizadas, mas também permite identificar rapidamente o que precisa ser ajustado.
Erros a ser evitado na gestão das finanças pessoais
Nossas sugestões são um excelente ponto de partida para colocar em prática o conceito de finanças pessoais.
No entanto, é essencial estar atento aos erros que podem ser cometidos ao longo do caminho. Veja quais comportamentos devem ser evitados.
Não discutir finanças em casa
Um dos erros mais frequentes em relação às finanças pessoais é tratar o assunto como um tabu e não conversar sobre dinheiro com o parceiro, os filhos e outras pessoas com quem você divide as despesas.
É muito importante trazer o tema para o dia a dia e discutir o orçamento em conjunto, para que todos se sintam responsáveis pela gestão financeira e trabalhem em prol das mesmas metas.
Perder o controle do orçamento
Muitas pessoas começam a registrar seus gastos e ganhos com entusiasmo, mas acabam perdendo o interesse com o tempo.
Se você deseja gerenciar melhor o seu dinheiro, é fundamental tornar o controle financeiro um compromisso diário, semanal e mensal.
Lembre-se: é esse hábito que determinará sua capacidade de alcançar seus objetivos e ter um futuro financeiro melhor.
Investir antes de quitar suas dívidas
Não cometa o erro de começar a fazer investimentos antes de pagar todas as suas dívidas, pois certamente você pagará juros mais altos do que receberá em rendimentos.
Pode parecer uma boa ideia, mas acredite: essa atitude só fará você perder dinheiro e adiar suas possibilidades de lucro.
Gostou das dicas para adotar o conceito de finanças pessoais em sua vida? Conte-nos nos comentários se você já seguia alguma dessas práticas e quais pretende adotar.